BOTA DE SEGURANÇA: SAIBA MAIS SOBRE ESSE EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL
Nas indústrias, hospitais, fábricas de setores diversos e outras empresas e estabelecimentos, existem equipamentos que são considerados fundamentais para que a saúde do trabalhador seja devidamente garantida, caso não seja possível excluir os riscos do ambiente.
Esses equipamentos são denominados Equipamentos de Proteção Individual e também são conhecidos como EPIs. Um dos tipos mais requisitados nos locais e utilizados pelos trabalhadores é a bota de segurança, que protege contra possíveis ferimentos e outros tipos de adversidades que podem ocorrer durante a realização de determinadas funções.
É obrigação da empresa realizar o fornecimento dos equipamentos de proteção individual para seus funcionários, de forma completamente gratuita, em bom estado de conservação para que possam ser utilizados durante a jornada de trabalho. Essa obrigatoriedade é regulamentada por meio da Norma Regulamentadora número 6. Além da bota de segurança, outros exemplos de equipamentos de proteção individual a serem citados são:
- Luvas e mangas
- Capacetes
- Protetores auriculares
- Fones abafadores de ruídos
- Cintos de segurança
- Cinturões
- Máscaras e filtros para respiração
- Óculos protetores
- Viseiras
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OUTROS EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO
Além dos equipamentos de proteção individual existem, ainda, os equipamentos de proteção coletiva, conhecidos pela sigla EPC. Este tipo de equipamento costuma ser bastante utilizado, visto que suas ações conseguem colaborar para a boa vivência e segurança de um maior número de pessoas, sendo, portanto, mais fácil de ser aplicado.
Alguns exemplos de equipamentos de proteção coletiva são as sinalizações de segurança, as proteções de partes de equipamentos e máquinas, iluminações emergenciais e os sistemas de ventilação nos ambientes. Quando as medidas oferecidas pelos EPCs não são o suficiente para manter a vida dos funcionários devidamente segura, a utilização dos equipamentos de proteção individual, entre eles a bota de segurança, por exemplo, se faz necessária.
TIPOS DE BOTA DE SEGURANÇA
Existem diversos modelos de bota de segurança disponíveis no mercado que podem ser utilizados em situações diferentes. Independente do modelo que for escolhido, no entanto, é necessário sempre exigir o certificado de segurança e de aprovação do Ministério do Trabalho e do Emprego para o fabricante, a fim de assegurar que o equipamento é de confiança e que promoverá segurança total ao funcionário. Alguns dos modelos existentes são:
Botas de couro
Trata-se do modelo mais conhecido de calçados de segurança e também são conhecidas como botinas de couro. Costumam ser mais utilizadas pois o material é extremamente durável e são consideradas os calçados mais confortáveis entre os trabalhadores que devem utilizá-los. Seu uso é indicado para alvenarias, revestimentos e canteiros secos, além de existirem modelos que também possuem solado com resistência à combustível e óleo.
Bota de PVC injetado
Esse modelo pode apresentar diferentes alturas de cano, sendo eles curto, médio ou longo. Seu uso é indicado para os profissionais que necessitem proteção contra umidade, água, além de resistência a sangue animal, produtos químicos ou gordura.
O material que compõe a bota de PVC injetado é impermeável, o que garante total proteção a quem o utiliza. O solado deste modelo, assim como cano, pode apresentar diferentes modelos, desenhos e aderência, sendo cada um deles indicados de forma específica para diferentes tipos de atividades.
RISCOS NOS AMBIENTES DE TRABALHO
Dependendo do ambiente e com o que se trabalha, podem existir alguns riscos tanto em relação ao local quanto às atividades que ali são desenvolvidas. O Ministério do Trabalho, órgão responsável por gerir determinados assuntos ligados aos trabalhadores, possui uma especificação que classifica os riscos existentes no ambiente de trabalho com os seguintes fatores:
Riscos físicos: relacionados à mudanças intensas de temperaturas, como calor e frio intensos, umidade, ruídos e radiações. Antes de realizar a contratação do trabalhador é necessário que o empregador exponha essas condições para o indivíduo. Esse fato é importante pois o empregado ficará ciente do contexto e, dessa forma, as medidas de segurança necessárias podem ser aplicada com consciência tanto do empregador quanto do empregado.
Riscos químicos: referem-se às possibilidades de existirem, no local de trabalho, substâncias químicas e produtos tóxicos que podem vir a prejudicar ou danificar a saúde das pessoas que ali trabalham. Em meio à esses riscos estão as emissões de gases, vapores e também poeira.
Riscos biológicos: são aqueles ligados à contaminação por meio de microorganismos como vírus, fungos e bactérias variadas. É de extrema importância que a empresa ou o empregador esteja especialmente atento à essas possibilidades de contaminações pois, dependendo do nível de seriedade, pode afetar de forma extremamente negativa a saúde de seus funcionários, acarretando, portanto, na produtividade dos mesmos.
Riscos de acidentes: são aqueles ligados a iluminação incorreta ou baixa iluminação, à utilização de utensílios de forma improvisada e tomada e fiações com mau contato, podendo gerar choques elétricos, por exemplo.
Riscos ergonômicos: são aqueles relacionados com jornadas de trabalho mais longas, que fazem com que o funcionário fique, durante muito tempo, na mesma posição. O padrão repetitivo de movimentos, como ficar o dia todo digitando em um computador, por exemplo, pode comprometer sua saúde física e até mesmo psicológica, podendo gerar, até mesmo, episódios de estresse físico.
DE QUAIS RISCOS A BOTA DE SEGURANÇA PROTEGE?
Um calçado de segurança possui capacidade de proteger o trabalhador de diversos riscos que a execução de suas atividades podem ocasionar. Algumas das proteções que os calçados de segurança podem oferecer a quem os utiliza são:
- Proteção contra impactos, como quedas de objetos
- Proteção dos pés e pernas contra umidade
- Proteção contra choques elétricos
- Proteção contra agentes térmicos
- Proteção contra agentes cortantes
- Proteção contra respingos ou contato direto com produtos químicos
NORMA REGULAMENTADORA 6
A norma regulamentadora número seis aborda determinadas obrigações referentes a empresa e ao empregado em relação à obrigatoriedade, cuidado, uso e conservação dos equipamentos de proteção individual.
Em relação ao empregador ou à empresa, por exemplo, a norma rege que é dever realizar a exigência para que seus funcionários os usem, bem como realizar orientação e treinamento para os trabalhadores sobre a importância do uso e do boa conservação dos materiais disponibilizados. Além disso, o empregador tem responsabilidade de realizar a substituição do equipamento caso algum dano tenha sido realizado e o uso seja feito de forma indevida ou apresentando menor segurança do que deveria.
A legislação também rege determinadas obrigações relativas ao trabalhador como, por exemplo, a responsabilidade de guardar e conservar o material em boas condições, utilizar o equipamento apenas para as atividades em que é destinado e sempre comunicar-se com seus superiores caso aconteça algum tipo de dano ao material que impeça que o seu uso seja realizado de forma completamente segura.
É importante, além disso, que o equipamento de proteção individual não seja utilizado fora do ambiente de trabalho, visto que, da mesma forma que um uniforme, ele foi criado para ser utilizado em um ambiente de serviço. Assim como as outras orientações, esta última também é citada em meio às existentes na norma regulamentadora de número seis.
QUANDO É NECESSÁRIO USAR A BOTA DE SEGURANÇA?
Para definir qual o tipo de bota de segurança em relação ao tipo de atividade a ser desenvolvida, deve-se saber quais os riscos que ela pode oferecer. Se for o caso de um profissional que exerce funções em lugares que existam substâncias químicas, por exemplo, as botas de PVC são bastante indicadas, devido sua característica impermeável. Se o trabalhador estiver correndo o risco de caírem objetos em cima de seu pé, a bota de PVC pode não apresentar a melhor escolha, mas, sim, outros modelos de bota de segurança.
Os locais onde os calçados de segurança costumam ser utilizados com frequência são indústrias e fábricas em geral, metalúrgicas, montadoras, cozinhas industriais, áreas de construção civil e empresas que possuem atividades com substâncias químicas. Todos esses exemplos de locais apresentam algum tipo de risco para seus trabalhadores e, portanto, fazem com que seja necessário a utilização de um ou vários equipamentos de proteção individual.
Pense em um canteiro de obras de um prédio, por exemplo. Alguns dos riscos que podem afetar o trabalhador que ali exerce suas atividades são: choques elétricos causados por fiações soltas ou com mau contato, ataques de animais peçonhentos como cobras, aranhas e escorpiões, por exemplo, além de torções e perfurações.
USO E CONSERVAÇÃO
Além de possuir regulamentações referentes a sua entrega, todo equipamento de proteção individual (EPI) também possui normas específicas relacionadas ao seu uso, cuidado e conservação. Assim como o trabalhador possui o direito de receber o equipamento para realizar suas atividades, também possui deveres relativos À sua boa conservação, afinal trata-se de algo necessário para que seu trabalho seja desenvolvido de forma eficiente e segura.
A Norma Regulamentadora de número 6 rege, entre outras especificações, que os EPIs devem ser utilizados apenas para as atividades a que se destinam e com os cuidados devidos para que possam ter maior durabilidade. Para que dure mais tempo, é importante que a limpeza da bota de segurança seja realizada de acordo com as instruções do fabricante, de modo que os resíduos ou sujeiras não atrapalhem seu uso e sua funcionalidade.
CUIDADOS
Presente desde os locais de construções civis até estabelecimentos relacionados ao setor alimentício, a bota de segurança, assim como os outros calçados de segurança, está entre os itens de proteção individual que devem ser utilizados obrigatoriamente pelos funcionários registrados em regime CLT, ou seja, de acordo com a Consolidação das Leis de trabalho, e que estão expostos a riscos relacionados a seu ambiente de trabalho.
Como a regulamentação rege, é de obrigação da empresa oferecer os equipamentos de proteção individual para seus trabalhadores que, por sua vez, possuem o dever de utilizá-los e garantir que eles estejam conservados a partir do momento em que começa sua utilização. Alguns dos cuidados que podem e devem ser realizados para que a bota de segurança dure com qualidade e proteja o trabalhador por mais tempo são:
Armazenar em locais frescos: é importante que a bota ou outro modelo de calçado, se for o caso, seja guardada em locais arejados, que possuam circulação do vento e que seja distante de umidade e calor intenso ou altas temperaturas. Caso seja armazenada em locais úmidos ou muito quentes, ocorre um processo denominado hidrólise, que é quando moléculas de água se formam e reagem com os produtos químicos que estão presentes na constituição do calçado, o que pode causar sua decomposição mais rápida.
Alternar o uso: caso seja possível, é extremamente indicado realizar a alternância de uso dos calçados. O ideal é ter dois pares de bota de segurança disponíveis, para que um "descanse" enquanto o outro é utilizado. Como se tratam de calçados que são utilizados em jornadas de trabalho, o suor costuma ser algo inevitável de acontecer.
Utilizar sapatos de forma alternada colabora para que fungos e outros tipos de microorganismos não se desenvolvam e causam mau cheiro devido a utilização constante. Caso não seja possível a obtenção de dois pares de sapato, uma boa saída é possuir dois pares de palmilhas e, assim, alternar o uso deles.
Meias de algodão: uma boa alternativa para melhorar o suor dos membros inferiores. Apesar da maioria dos modelos de bota de segurança e outros tipos de calçados de proteção apresentarem forro interno para auxiliar na absorção do suor, utilizar meias de algodão ajuda, ainda mais, a evitar a acumulação do mesmo e, portanto, reduzir a possibilidade de mau cheiro.
Limpeza e secagem: além de colaborar visualmente, manter a bota de segurança devidamente limpa demonstra higiene pessoal e profissionalismo com a atividade e a profissão em que se está empregado. Realizar limpeza regular também colabora para que o equipamento seja conservado por mais tempo.
Dependendo do material que é constituído, alguns cuidados devem ser tomados: no caso do couro, nao é extremamente necessário realizar a lavagem do material, visto que essa atitude o resseca e colabora para que ele desenvolva mau cheiro. Para limpar uma bota de segurança de couro basta utilizar um pano limpo e úmido.
Se for o caso de uma bota de PVC, sua lavagem é liberada. Deve-se atentar, no entanto, para sua secagem, que deve ser realizada em local com corrente de vento, a fim de secá-la completamente.